STF manda investigar Alfredo, Braga, Eron, Omar e Vanessa

Três senadores, um deputado federal e um ex-deputado do Amazonas estão na lista de investigação do ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Foram citados os senadores Eduardo Braga (PMDB), Omar Aziz (PSD) e Vanessa Grazziotin (PCdoB), o deputado Alfredo Nascimento (PR) e o marido de Grazziotin, o ex-deputado Eron Bezerra (PCdoB). O ministro autorizou a Procuradoria Geral da República (PGR) a investigar um total de oito ministros, três governadores, 24 senadores e 39 deputados federais de todo o país, que fazem parte da "lista de Janot".
Em nota, Braga afirmou desconhecer “desconhece o conteúdo das informações que levaram a PGR a pedir abertura de inquérito. Vale destacar que a abertura de inquérito não significa que os investigados respondam por qualquer tipo crime”.
Já Omar disse que tem o “dever de se defender de qualquer acusação que receba”. Ele negou relação com a Odebrecht e qualquer serviço no estado com a empresa durante o período em que foi governador.
Grazziotin defendeu que as doações feitas pela empreiteira para as campanhas dela foram oficiais, declaradas e posteriormente aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Marido de Vanessa, Eron negou contato com a Odebrecht e disse desconhecer a lista de investigação de Fachin. "Eu não tenho a menor condição de opinar [sobre isso]. Eu repito: nunca tive contato com a Odebrecht, com Camargo Correia, Gutierrez ou com qualquer empreiteira dessas, portanto não sei como apareceu meu nome em uma relação de pessoas que receberam doação. É mais uma irresponsabilidade das muitas que acontecem nessa época de caça às bruxas", afirmou.
O deputado federal Alfredo Nascimento foi procurado pela equipe da Rede Amazônica, mas disse que não vai se pronunciar porque não foi notificado.
Entenda o caso
A revelação das investigações foi feita pelo site do jornal "O Estado de S. Paulo", que, inicialmente, informou que havia 83 inquéritos abertos. Depois da divulgação das informações pelo site do jornal, o STF informou oficialmente que Fachin determinou a abertura de 76 inquéritos para investigar políticos e autoridades com base nas delações de ex-executivos da Odebrecht.
Segundo o gabinete de Fachin, foram arquivados sete casos envolvendo autoridades, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), por falta de indícios da ocorrência de crimes.
Segundo informou o Supremo, a PGR ainda pediu ao ministro que enviasse de volta aos investigadores três pedidos de investigação, para nova análise dos relatos. O próprio Fachin remeteu outros oito pedidos à PGR, para nova manifestação do órgão, responsável pela condução das investigações.
FONTE: PORTAL G1