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Citado em delação da Odebrecht, Artur Neto pode ser investigado na Lava Jato


O prefeito de Manaus, Artur Virgílio Neto (PSDB), foi citado em uma delação que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, enviou para instâncias inferiores sobre pessoas que supostamente teriam sido beneficidas com propina e que não possuem foro privilegiado. O nome do prefeito reeleito está na lista apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em março deste ano.

Em 2016, Artur já tinha sido citado em uma planilha da construtora Odebrecht como beneficiário de doações de campanha feitas pela empreiteira. A citação foi feita na 23ª fase da Operação Lava Jato. Na ocasião, ele negou ter recebido recursos ilegalmente.

Desta vez, o prefeito usou as redes sociais para negar novamente participação em atos ilícitos durante camanha em 2010.

"Um ex-diretor dessa empresa, sr. Claudio Melo, de acordo com “vazamentos”, pelos quais nunca ninguém se responsabiliza, teria afirmado que me repassou R$ 300 mil, dando a entender que não me conhecia e que apenas estaria cumprindo ordens 'superiores' de aproximar a Odebrecht de um 'parlamentar influente'. Não se refere, segundo o tal 'vazamento', a nenhum 'favor' que eu 'deveria' prestar a quem quer que fosse [...]. Sou prefeito da sétima maior cidade do país pela terceira vez. E a Odebrecht, ao longo desse tempo, não plantou um único metro cúbico de asfalto em Manaus.

Nenhuma relação. Absolutamente nenhum liame. A relação entre 'acusadores' e 'delatores' não é suficiente para me calar nem me fazer 'participante' de esquemas de achaques. São 39 anos de uma trajetória que erigiu um conceito do qual muito se orgulha minha família e que não está à disposição de ninguém. Nem do ilustre procurador Rodrigo Janot e nem do ínclito juiz Sergio Moro", diz trecho da nota publicada pelo prefeito.

Como Artur Neto não tem foro privilegiado, a citação dele será encaminhada para instâncias inferiores do Judiciário e elas decidirão se as citações merecem ser investigadas, juntadas a alguma investigação já em curso ou, simplesmente, arquivadas por falta de provas.

São as instâncias inferiores que decidirão se as citações merecem ser investigadas, juntadas e alguma investigação já em curso ou arquivadas por falta de provas.

FONTE: PORTAL G1


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