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Preço da botija de gás pode chegar a R$ 58

Os botijões de gás de cozinha de até 13 quilos (GLP P-13) devem ficar 7,27% mais caros para o consumidor amazonense, um valor que pode chegar a ser ofertado a R$ 7 acima do preço praticado atualmente. Apesar do reajuste de 9,8% feito pela Petrobras representar uma estimativa para a companhia de 3,1%, ou cerca de R$ 1,76 por botijão, alguns revendedores já fazem seus cálculos e pensam em subir o preço do produto, que foi encontrado pela cidade em valores entre R$ 51 e R$ 55, para um montante de R$ 58.

Para a proprietária da distribuidora do gás de cozinha da marca Fogás, Márcia Silva, o reajuste para o consumidor final é irreversível. Segundo ela, as vendas já estão difíceis devido à crise econômica e, com o aumento do preço, a tendência é de que as vendas registrem queda no começo, mas por ser um produto de uso necessário, o consumidor deverá se adequar ao reajuste.

A empresária afirmou ainda que o reajuste poderá fazer com que as vendas dos botijões de 13 quilos caiam, e o consumidor passará a pedir os produtos menores, de cinco quilos e oito quilos.

Um reajuste anterior fez com que as vendas do botijão de 13 quilos caíssem, aproximadamente, 30%. Márcia ressaltou que embora os consumidores reclamem do preço do produto, não há como “congelar” o valor.

“O novo preço ainda será repassado para nós, mas eu acredito que o valor saltará de R$ 55 para R$ 58”, disse a empresaria.

A responsável pela distribuidora de gás representante da Amazon Gás, Carliane Sales, explicou que o produto vai sofrer reajuste, mesmo não sendo algo viável para o consumidor final, uma vez que, segundo ela, o desemprego e a crise econômica trazem um aperto no bolso do amazonense.

Carliane Sales disse que, como não receberam a carta de reajuste, não se sabe quanto poderá ser acrescido no valor do botijão. “Mas calculamos que o valor poderá passar de R$ 53 para um montante de R$ 56 ou R$ 57, isso dependendo do reajuste”, disse a vendedora.

Novo valor

A Petrobras informou que o reajuste entra em vigor hoje (21). De acordo com a companhia, o último reajuste ocorreu em 1º de setembro de 2015. A correção atual não se aplica ao GLP destinado a uso industrial. O ajuste anunciado foi aplicado sobre os preços praticados pela Petrobras sem incidência de tributos.

Se for integralmente repassado aos preços ao consumidor, a companhia estima que o botijão de GLP P-13 pode subir 3,1% ou cerca de R$ 1,76 por botijão, isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos.

A Petrobras explicou que como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Isso dependerá de repasses feitos especialmente por distribuidoras e revendedores.

Preço ‘salgado’

Para autônomo Francisco Mendes, 47, o preço do gás de cozinha já está bastante “salgado” e o reajuste poderá acarretar um desequilíbrio ao fim de cada mês aos consumidores amazonenses.

Conforme o autônomo, para evitar mais prejuízos, o ideal é que a população comece a economizar no uso do produto. Como exemplo, ele disse que as pessoas devem passar a cozinhar alimentos, como o feijão, de uma única vez, deixando porções congeladas para uso posterior.

Outra dica do autônomo é que as pessoas passem a cozinhar certos alimentos na panela de pressão. De acordo com ele, alguns produtos têm tempo de cozimento reduzido quando colocados na pressão.

Francisco Mendes disse, ainda, que é muito importante que o consumidor passe a pesquisar preços.

“Temos, também, que evitar o desperdiço de gás quando estivermos preparando os alimentos, evitar que o fogão esteja próximo a uma janela que ventile bastante. Podemos também economizar comprando direto das distribuidoras, uma vez que deixaremos de pagar pela taxa de serviço de entrega”, disse o autônomo.

Henderson Martins

FONTE: PORTAL EM TEMPO


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