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Homem diz que atirou em promotor de justiça em legítima defesa

Quatro pessoas, entre elas três homens e uma mulher, foram presas suspeitas do latrocínio que resultou na morte do promotor de justiça aposentado Paulo Cardoso de Carvalho, no dia 20 de janeiro, no bairro Flores, Zona Centro Sul de Manaus. Um dos presos, que efetuou os disparos, disse que atirou em "legítima defesa".

As prisões ocorreram de segunda (13) a quinta-feira (16), em cumprimento de um mandado de prisão preventiva. Foram detidos Kelly Cristiane Magalhães Seixas, de 21 anos; Bruno Coelho Costa, de 23; Douglas Maia Barroso, de 21, e Sebastião Pereira da Cunha, de 32 anos.

O promotor foi atingido por três tiros no abdômen ao trocar tiros com suspeitos em uma tentativa de assalto quando chegava em casa, no Conjunto Beija-Flor II, Zona Centro-Sul de Manaus, na noite do dia 20 de janeiro. Ele chegou a ser encaminhado para o Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto mas não resistiu aos ferimentos.

Sebastião Cunha, que efetuou três disparos contra o promotor Paulo Cardoso, afirmou que atirou em legítima defesa. "Nós íamos assaltar a casa dele e levar o carro. Disse para ele passar a chave do carro, mas ele ia puxando a arma dele então eu atirei para que ele não me matasse. Se a gente não reagisse, tínhamos morrido", disse.

Kelly afirmou que participou do crime porque estava precisando de dinheiro para sustentar o filho. Conforme a suspeita, ela está grávida de quatro meses. "Foi a forma mais fácil de conseguir dinheiro. Agora vou cumprir minha pena e voltar a estudar quando sair. Estou arrependida", comentou Kelly.

Segundo o delegado Adriano Félix, da Delegacia de Roubos, Furtos e Defraudações (Derfd), a polícia iniciou investigações logo após o crime. "Conseguimos localizar os suspeitos e fomos realizar as prisões. O Bruno foi o único que reagiu e acabou sendo baleado em uma troca de tiros com policiais militares, no domingo (12)", disse o delegado.

O suspeito Bruno Costa é um dos 225 presos que fugiram do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no dia 1º de janeiro. Segundo o delegado, Sebastião Cunha já havia praticado quatro roubos e um homicídio, antes do latrocínio contra o promotor. Kelly não tinha passagem pela polícia, porém confessou que também praticava roubos.

Sebastião e Kelly foram presos na segunda (13), no bairro Novo Israel, na Zona Norte de Manaus. Já Douglas se entregou na sede da Derfd, nesta quinta-feira (16). O suspeito baleado durante troca de tiros com a polícia está internado no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto.

O promotor Geral de Justiça do Estado Pedro Bezerra esteve presente na coletiva de imprensa e exaltou o trabalho da polícia para resolver o caso. "Isto não vai trazer de volta a vida do membro do Ministério Público aposentado, mas minimiza a dor dos familiares em saber que essas pessoas devem ser processadas e ter a pena que lhes cabem", comentou.

A quadrilha deve responder pelo crime de latrocínio. Os homens devem ser encaminhados para o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), e a suspeita deve ser conduzida para o Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF).


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