Membro de facção que postava crimes em rede social é preso em Manaus

O padeiro Alexandre Neves da Cunha, de 28 anos, foi preso nesta semana após uma investigação da Polícia Civil apontar relação dele como tráfico de drogas e homicídios. "Mano Rosinha", como era conhecido, postava informações sobre os crimes cometidos em sua página em uma rede social. A polícia diz que ele é integrante de uma facção criminosa que atua no Amazonas.
Três dias após o massacre que deixou mais de 60 mortos dentro de cadeias em Manaus, ele fez uma publicação afirmando que estava "deixando a poeira baixar" para fazer ataques nas ruas de Manaus.
O diretor do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), Guilherme Torres, contou que o suspeito era investigado há cerca de seis meses.
"Resolvemos começar a investigação por causa da ousadia do Rosinha, que estava afrontando a polícia e a sociedade. Ele postava os crimes e, inclusive, tinha muitas curtidas. No dia da rebelião no [Complexo Penitenciário Anísio Jobim] Compaj, por exemplo, ele diz que estava aguardando ordem para tocar o terror na cidade", diz Torres.
De acordo com a investigação policial, Cunha utilizava gírias como "lojinha", que significaria boca de fumo", e "passar o sal", que na linguagem do crime é o mesmo que matar, para se referir aos delitos que iria cometer.
Outros presos Além de Alexandre, Takiel Sanches Garrido, de 22 anos, Jander Guimarães da Silva, de 30, e Paulo Henrique dos Santos Carvalho, 30, também foram detidos. Eles foram presos pela DRCO entre segunda e quarta-feira (15), no bairro Nova Cidade e Novo Israel, ambos na Zona Norte de Manaus. De acordo com a polícia, todos têm envolvimento com o tráfico de drogas. Eles seriam integrantes de uma das facções criminosas que atuam na capital. Eles foram indiciados por tráfico de drogas associação para o tráfico e participação em organização criminosa. Todos serão encaminhados ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM).
Os suspeitos foram apresentados à imprensa nesta quarta-feira. O Alexandre confirmou ser membro de uma facção. Os presos não comentaram sobre as acusações.
FONTE: PORTAL G1