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Suspeitos de matar e decapitar jovem é agredido em delegacia

Um dos três homens suspeitos de matar e decapitar o mototaxista Eduardo Douglas Bezerra Damascena, de 21 anos, foi agredido por familiares do jovem assassinado, em outubro de 2016. Alberli da Silva Baraúna, 26, foi surpreendido quando era apresentado à imprensa na manhã desta quinta-feira (19) na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), em Manaus. Houve confusão generalizada e policiais tentaram intervir.

Alberli Baraúna e Cláudio Henrique de Sousa Lima, de 23 anos, foram presos na manhã de quarta-feira (18) em dois locais no bairro Petrópolis, Zona Sul da capital. Os dois foram localizados após denúncia anônima, quase 3 meses após crime. A cabeça da vítima nunca foi encontrada.

Depois da prisão, os dois suspeitos foram apresentados à imprensa. No momento em que Baraúna era levado para o local da apresentação, familiares e amigos o espancaram. Revoltados com a brutal morte do mototaxista, familiares da vítima deram início às agressões e exigiam justiça. O preso foi agredido por quase um minuto, enquanto policias tentavam afastar os manifestantes até que o tumulto foi controlado. A polícia não comentou a situação.

FOTO: Eduardo Douglas foi morto e decapitado por criminosos

Isabele da Silva Bezerra, tia do mototaxista morto, disse que a família está abalada com morte do jovem e exigiu que os assassinos permaneçam presos.

"Meu sobrinho nunca foi envolvido com tráfico de drogas. Era um rapaz evangélico e trabalhador. A justiça de Deus está sendo feita, e eles irão apodrecer na cadeia. Eles fizeram uma crueldade, matando filho único de uma mãe que até hoje vive a base de remédios. Tudo isso para roubar uma moto. Até hoje, não encontramos a cabeça", desabafou a tia.

A viúva Gleicy do Nascimento Damascena também estava na delegacia. Ela reatou que estava casada com mototaxista há nove meses, quando a vida de Eduardo foi interrompida pela ação dos criminosos.

"Não é justo qualquer bandido tirar a vida de um trabalhador. Quero que eles paguem cada gota de sangue derramado de um homem de bem, que nunca fez mal a ninguém", disse a viúva.

Alberli e Cláudio são apontados pela polícia como autores do latrocínio - roubo seguido de morte - do mototaxista.

O crime ocorreu no dia 20 de outubro, e parte do corpo foi encontrada quatro dias depois em uma casa abandonada no beco São Vicente de Paula, no bairro Petrópolis. A vítima teve a cabeça decapitada e jogada em um bueiro. O crânio nunca foi achado. A moto roubada também não foi localizada. Um terceiro suspeito de envolvimento no crime, identificado como Thomas da Silva Rodrigues, de 22 anos, está foragido e já teve prisão preventiva decretada pela justiça.

O delegado titular da DEHS, Ivo Martins, explicou que os três suspeitos já tinham sido identificados pela polícia e estavam com prisão preventiva decretada desde novembro.

"Eles foram identificados dois dias depois que o Eduardo foi encontrado morto. Um deles morava em frente da casa onde vítima morava e já tínhamos recebido informações da participação deles. Só faltava, efetivamente, capturá-los, pois esses criminosos, geralmente, fogem, mas depois não têm como se manter e retornam. Foi exatamente isso que aconteceu, e pegamos eles em casa", disse o delegado.

Os dois suspeitos foram ouvidos pela polícia e relataram que participaram do crime. Porém, ambos negam que tenham decapitado a vítima e atribuem o ato ao suspeito foragido. "Eu estava vendendo drogas e vigiando do lado de fora. Não matei o cara", afirmou Cláudio Sousa.

Baraúna revelou que o grupo planejou roubar e matar o jovem um dia antes do crime. "Já tinha combinado um dia antes, mas quem matou foi o Thomas", disse.

Alberli Baraúna e Cláudio têm passagem na polícia por tráfico de drogas. A Polícia Civil suspeita que o assassinato do mototaxista tenha sido para roubar a moto, vender o veículo e, com dinheiro, comprar entorpecentes

Segundo o delegado, os suspeitos são traficantes que resolveram roubar e matar para manter o tráfico de drogas. "Eles tinham uma ideia de subtração do objeto, vender em um site de compras na internet e, com isso, adquirir dinheiro para movimentar o tráfico de drogas na região. Assim foi feito. Um deles subiu na motocicleta e levou o Eduardo para o beco. A intenção desde o primeiro momento era matá-lo para ficar com a moto. Eles tinham a intenção de esquartejar o corpo para facilitar o transporte, mas desistiram e deixaram o corpo sem cabeça enrolado em um tapete", comentou Ivo Martins.

FONTE: PORTAL G1


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